Carreira Internacional:Um sonho de menina que virou realidade

Eu com 3 anos,vestindo um traje marroquino

Muitas pessoas  me conheceram depois de já ter me tornado uma bailarina internacional, outros me conhecem de longa data e ficam curiosos em saber como vim parar aqui,  como vim dançar nos países árabes a dança típica dos árabes.Então resolvi compartilhar um pouco da minha trajetória pois, o que estou vivendo é a realização de um sonho, acredito que existem muitas bailarinas pelo Brasil afora que também tem esse sonho! Eis-me, aqui! Provando que é possível!

Fui apresentada à cultura árabe quando tinha 3 anos. Em uma viagem para Espanha minha tia conheceu e casou-se com um árabe do Marrocos e veio morar no Brasil, nos primeiros tempos, em minha casa na cidade de Flores da Cunha, onde nasci. Meu tio Jalal só falava árabe e francês e  eu, muito pequena, tagarela passava muitas horas na companhia dele sendo que eu repetia as palavras para ele quantas vezes ele quisesse, ajudando-o a aprender português e ele me mostrava suas músicas e sua dança,exímio dançarino que era, dançávamos juntos. Alguns anos se a passaram e resolvi fazer dança do ventre em uma escola profissional, tinha doze anos, dancei por volta de dois anos e como toda a adolescente troca de ideia a toda hora parei com as aulas, mas sempre dançando pela casa.Fiquei anos sem procurar por aulas,mas sempre com o sentimento e o desejo de que deveria retornar , até que um dia decidi, procurei por outra escola, a qual danço até hoje, a Hayet dirigida pela competente e talentosíssima mestra Renata Dalla Rosa, minha grande amiga e professora. Lá me encontrei, comecei a dançar e me empolgar novamente e cada vez mais certa de que era aquilo que gostava de fazer.Até que um dia uma amiga, professora de Flamenco, Elisabete Da Cunha, me disse que eu deveria me aprofundar nas técnicas e me profissionalizar , já que o amor que eu tinha pela dança árabe e pelo palco era visível. Segui o conselho dela e decidi,comecei á buscar por cursos, workshops com diferentes profissionais da área,conclui um curso profissionalizante em dança do ventre, com a bailarina Muna Zaki, em Porto Alegre , na capital,onde realizamos diversos trabalhos, um deles, o Awalin, que foi um espetáculo onde revivemos os grandes nomes da dança árabe, e neste dia até autógrafos eu distribui.O curso também foi muito importante para me posicionar profissionalmente e para eu me auto-conhecer na dança.

Quadro dos artistas no Rest.Zahle-Bahrain

 Comecei a dar aulas, que é uma atividade que gosto  muito; poder dividir o conhecimento e acompanhar  o crescimento de outras pessoas.

Foi neste período que, através de Renata, fiquei sabendo da existência  do empresário libanês Jihad Asmar, e soube que ele estaria no Brasil selecionando bailarinas para carreira artística no exterior. Preparei-me e fui fazer a seleção, estava decidida que queria viver essa experiência de conhecer a cultura árabe de perto. Foi um show maravilhoso, com banda árabe ao vivo,  fui selecionada para exercer carreira internacional.Ganhei em primeiro lugar na noite da seleção em Caxias do Sul,  depois dancei em Porto Alegre onde ganhei o primeiro lugar na seleção regional, fiquei muito feliz e realizada, mas sabia que isso não significava a viajem em si, ainda teria que me preparar e esperar por um contrato.

Dançando em Bahrain

A seleção foi em abril, em agosto recebi a notícia de que haveria um contrato pra mim em Abu Dhabi – Emirados Árabes - e eu tinha 20 dias pra me preparar pra viajar, ajeitei tudo, fiz as malas, encontrei uma professora pra assumir as minhas turmas e fui para minha primeira viagem. A primeira, foi toda aquela surpresa e expectativa por coisas novas, ao mesmo tempo foi difícil, senti medo por estar longe, mas ao mesmo tempo confiava muito no trabalho do meu empresário, pois sabia que ele era extremamente profissional e que eu estava segura, afinal outras amigas já trabalhavam com ele. Tudo o que combinamos foi cumprido, sempre fui cercada de atenção quanto as minhas necessidades e ao meu bem-estar, desde então decidi me manter na carreira internacional, decidi que era isso que eu queria. Sigo, então,  trabalhando pelo países árabes há um ano e estou muito feliz e realizada. Já passei por Abu Dhabi, Dubai, Líbano e Bahrain. Trabalho mais ou menos de 2 a 3 meses em cada contrato, em palcos de grandes hotéis e Resorts.  A cada lugar, aprendo coisas novas, conheço pessoas e, cada vez que entro no palco sinto a emoção, o entusiasmo e a alegria que só um artista pode sentir.Os árabes gostam muito do nossa trabalho e do nosso estilo de dançar,até por que somos de uma certa maneira flexíveis,dançamos desde a dança do ventre, até samba e flamenco.Gostam da nossa versatilidade, nosso jeito extrovertido e simpático e, é claro, de nossa beleza.Existem muitas brasileiras trabalhando como bailarina e vivendo atualmente no exterior. Realizei meu primeiro sonho que era chegar até aqui e, hoje, tenho novos sonhos e estou buscando por eles.

Ano Novo Muçulmano

Hoje dia 15 de novembro começa um novo ano para os muçulmanos.O calendário islâmico  é um calendário lunar composto por doze meses de 29 ou 30 dias com um total de cerca de 354 dias. A contagem do tempo deste calendário começa com a Hégira(fuga de Maomé de Meca para Medina, em 16 de julho de 622). Este calendário baseado no ano lunar não corresponde aos calendários do ano solar. Os meses islâmicos retrocedem a cada ano que passa em relação aos calendários baseados no ano solar. Uma vez que o calendário islâmico é cerca de 11 dias mais curto que o calendário solar, os feriados muçulmanos acabam por circular por todas as estações.Não é realizado nenhum tipo de comemoração nesta data.Para o islã o ano que se inicia é de 1434.

Meses do calendário muçulmano:

• 1º - Muharram
• 2º - Safar
• 3º - Rabi al-Awwal
• 4º - Raby al-THaany
• 5º - Jumaada al-Awal
• 6º - Jumaada al-THaany
• 7º - Rajab
• 8º - Sha'aban
• 9º - Ramadan
• 10º - Shawwal
• 11º - Dhu al-Qidah
• 12º - Dhu al-Hija

Datas Importantes para os muçulmanos:

De acordo com o Islam, só há dois feriados sagrados: o Eid ul-Fitr e o Eid ul-Adha. As outras datas que se encontram abaixo não fazem parte do Islam e são inovações de acordo com a os ensinamentos do Profeta Muhammad. As datas são:

• 1º de Muharram - Ano novo islâmico (É considerado proibido a comemoração dessa data,porque é uma inovação na religião islâmica)
• 10 de Muharram - Dia de Ashurah (Não há festa, mas um jejum especial nesse dia)
• 27 de Rajab - Isra e Miraj (É considerado proibido a comemoração dessa data,porque é uma inovação na religião islâmica)
• 1º de Ramadaan - Primeiro dia de jejum (Não há festa)
• 1º de Shawwal - Eid ul-Fitr (Festa do fim do jejum de Ramadaan)
• 10 de Dhu al-Hijjah - Eid ul-Adha (Festa do Sacrifício - no fim da Peregrinação)

Fonte:http://pt.wikipedia.org/wiki/Calend%C3%A1rio_isl%C3%A2mico

Ashura - Ritual de Sangramento

Estamos no período da Ashura....

Ritual de sangramento,no Líbano em 2011

A Ashura é celebrada no 10º dia do mês de Muharram, o primeiro do calendário islâmico,esse ano será no dia 24 de novembro.Nesta data, os muçulmanos xiitas relembraram a morte do neto do profeta Maomé, Hussein ibn Ali, no ano 680 D.C.
A Ashura é comemorada pelos xiitas durante dez dias, período no qual as pessoas se vestem de preto, participam de encontros e palestras islâmicas.No último dia, considerado o ponto alto da comemoração, acontecem os rituais de martírio.Os xiitas participantes cortam-se com navalhas, facas e espadas para ficarem cobertos de sangue e saem as ruas batendo com suas mãos contra o peito e gritando cânticos religiosos.

Mulheres observando o sacrifício dos homens

O hábito de se cortar com navalhas e sangrar são vistos como um gesto extremo de flagelação.Turistas que tiveram a oportunidade de ver o ritual da Ashura, relatam que o cheiro de sangue é forte e insuportável, pode ser detectado à metros de distância.
Jovens, adultos, idoso e até crianças desfilam em frente à multidão cobertos de sangue, acompanhados por palmas, batem contra a cabeça e gritam “Ali”.As mulheres só observam.

Alguns se cortam com espadas, outros com  navalhas, e quando sentem que o sangramento esta parando, cortam suas testas um pouco mais.Para os muçulmanos xiitas, sangrar é um sinal de respeito…

Os Muçulmanos sunitas também celebram o dia, tido como o dia que Moisés jejuou em gratidão a Deus pela liberação dos judeus do Egito.

Fonte:http://www.issoebizarro.xpg.com.br/blog/mundo-bizarro/o-ritual-sangrento-da-ashura/  e winkipedia

A mulher árabe cristã

O olhar marcantes das libanesas

As mulheres árabes cristãs são mai parecidas com nós ocidentais em relação as árabes muçulmanas, contudo existem algumas semelhanças que fazem parte da cultura árabe, que não se restringem somente a religião. Relacionei alguns costumes quanto a vida de uma mulher árabe cristã:

• Pode trabalhar desde jovem até depois de se casar se for assim, sua opção;
• Podem namorar, sendo esse namoro permitido pelos país e feita as devidas apresentações do rapaz para seus familiares;
• Algumas famílias mais modernas permitem que seus filhos morem sozinhos,mas o mais comum é que as filhas saiam de casa somente após o casamento;
• Estudam em escolas convencionais normalmente para alunos semelhantes ou seja cristãos, e ao encerrarem a escola vão para a faculdade;
• A relação sexual não é permitida antes do casamento sendo que  ainda persiste a ideia de ser virgem para se casar,assim como as muçulmanas;

• Algumas mulheres que perderam sua virgindade antes do casamento , em alguns casos, acabam por optar pela cirurgia de reconstituição do hímen para voltar a ser virgem, e então se casar;
• A religião é seguida assim como no ocidente, alguns tem o hábito de ir a igreja, outras fazem suas orações em casa.Existem santos libaneses aos quais os árabes cristãos são devotos;

Haifa Wehbe

Obviamente por não serem muçulmanas usam roupas ocidentais,  como vestidos, roupas curtas e decotadas, como nós brasileiras. Penso que a vida de uma árabe cristã é mais ou menos como a de nós brasileiras em tempos antigos (40,50 anos atrás) onde a liberdade era mais controlada pelos pais e a mentalidade diferente da atual realidade brasileira, buscando preservar o respeito a próprio e a para com a família.

Gostam muito de se arrumar,pois os árabes, principalmente libaneses, os quais foram as pessoas que convivi por mais tempo, tanto mulheres como homens, são muito vaidosos e valorizam muito a aparência, sempre dando atenção aos mínimos detalhes, relógio para cada estilo de roupa, perfumes, sapato e bolsa combinando, valorizam muito as marcas. Investem bastante em roupas, acessórios, gostam de cirurgias plásticas, e adoram frequentar salões de beleza. Na minha opinião Libanesas são muito vaidosas e não passam desapercebidas.

Mulheres ocidentais e muçulmanas(golfo pérsico)

Balada Libanesa

Beirut-Líbano

No último final de semana, tive a oportunidade de conhecer uma balada libanesa, então resolvi fazer uma análise antropológica sobre  a minha experiência.
Fomos para a tal balada as 23:00 h, fizemos um trajeto de uma hora e meia até chegarmos na festa, pois estávamos em Jbeil, que é a cidade aonde estou vivendo, e a balada era em Beirut outra cidade. Fomos em mais ou menos 10 pessoas, todos amigos da minha amiga Rachelle, pessoal bem bacana e divertido, um deles é professor de inglês então o que eu não entendia das conversas ele dava um jeito de me introduzir.

Beirut

Chegamos no local, um ambiente pequeno, bem escuro com as luzes de boate,normal, mas o que me surpreendeu foi que não havia uma pista para dançar, tinham mesas com cadeiras, algumas pessoas em pé dançando por entre as mesas e algumas sentadas.Quanto chegamos estava tocando músicas internacionais, hip hop, dance,  essas músicas que rolam nas baladas do Brasil também, eis que em meio as tais músicas surge uma música com ritmo e linguagem conhecidos pela minha pessoa, era uma música do cantor Gustavo Lima (tche tcherere tche tche), fiquei surpresa, não sou muito ligada nesse tipo de música por que não é meu gosto musical, mas me surpreendi por ouvi-la tocar aqui, do outro lado do mundo, numa balada libanesa.E depois perguntei pra eles se era comum, disseram que sim, tem essa música, algumas do Michel Teló, e a música de abertura da novela Avenida Brasil ( oi oi oi).Depois das músicas internacionais, começaram as músicas árabes, um tecladista e um cantor faziam o show.Foi bem divertido dançar música árabe na balada,adorei. Tocaram música árabe até irmos embora, por volta de 4 da manhã.Foi legal observar as árabes dançando naturalmente cantando as músicas,ficaram  impressionadas comigo por que era a estrangeira do grupo e sabia dançar a dança deles, conhecia as músicas e até me arriscava cantar.Até porque nem todos sabiam que sou bailarina.Aqui no Líbano a parte de bebida alcoólica é permitida, e também o contato físico, coisa que nos Emirados árabes,por exemplo não é.Foi bem divertido, mais uma experiência diferente e bacana para minha lista.

A mulher árabe muçulmana

A mulher muçulmana vista pelos olhos do ocidente ocupa um papel inferior ao do homem na sociedade, mas na minha opinião submissão não seria a palavra correta. \
O que nos vêm em mente quando falamos sobre uma mulher árabe são dois símbolos:o véu e o harém, estes dois símbolos levam-nos a crer que existe uma subordinação das mulheres muçulmanas, mas pelo contrário, segundo o islã, mulheres e homens têm igualdade espiritual e direitos iguais perante Deus. Pode existir a subordinação de algumas mulheres as quais vivem sobre regras mais rígidas e isso muitas vezes é justificado através de leis religiosas, costumes, sendo que na maioria dos casos trata-se de machismo, o que também esta muito presente também em nossa sociedade. Mas isso não existe como regra claramente citada no alcorão, sendo que segundo o livro sagrado os papéis do homem e da mulher não são de superioridade ou inferioridade, são apenas distinto. Como por exemplo o fato de algumas mulheres muçulmanas optarem por não trabalhar, eles seguem a linha de pensamento que se a mulher  e o homem trabalham ambos trazem o sustendo da casa, e é muito provável que eles irão confrontar-se por que ambos provém, então ambos seriam os chefes de família, e é papel somente do homem prover o sustento e ser o chefe de sua família, sendo o papel da mulher o cuidado para com seu esposo, sua casa e seus filhos de um modo geral. Mas isso também não quer dizer que elas são infelizes por não trabalharem fora, e  é claro que hoje em dia muitas mulheres estudam, se formam e seguem sua própria carreira, conciliando-a com os cuidados para com seu lar. Dentro da sociedade muçulmana cada um tem sua determinada função familiar para se conviver em harmonia. Por isso não considero que subordinação seja a palavra correta a ser usada, acredito que a mulher muçulmana não se vê dessa forma, elas apenas cumprem o seu papel dentro da sociedade familiar. Na sociedade muçulmana uma mulher não deve se expor de nenhuma forma que vá atrair os olhares dos homens, sempre pensando no fato da preservação da família. Portanto, não cabe a nós ocidentais julgarmos, pois na nossa sociedade também existe machismo, violência contra a mulher e outras coisas desse gênero, a mulher ocidental vem a muitos anos na luta para se igualar ao homem, para ter os mesmos direitos o que na nossa visão é o correto, mas isso não significa necessariamente que assim o seja, tudo parte de um ponto de vista.
Fica a dica!

Vestimenta tradicional nos países do golfo, visita à mesquita em Abu Dhabi

Algumas diferenças básicas, culturais e religiosas entre homens e mulheres:

• A mulher só pode ter um marido, ao contrário do homem, que pode ter até quatro esposas

• A mulher só pode se casar com um muçulmano, ao contrário do homem que pode se casar com uma mulher de outra religião.Pelo fato do homem ser o alicerce da família ele poder instruir a mulher que não seja da religião pra que ela por decisão própria possa seguir o islã

• Nos Emirados árabes por exemplo as mulheres têm direitos especiais, como preferências em filas, cadeiras, lugar especial no ônibus

• Não é permitido um desconhecido se dirigir até ela , apertar sua mão ou qualquer outro tipo de aproximação de uma mulher muçulmana sendo ela solteira ou casada devido ao respeito pela mulher e sua família

Traje de banho das mulheres muçulmanas

Com relação a vestimenta, as mulheres do golfo pérsico, por exemplo tem como costume, o uso da abaya preta e do lenço preto (hijab), as cores da vestimenta não são prescritas no alcorão, sendo de acordo com a cultura regional de cada pais. O alcorão determina que a mulher por decisão própria, deve cobrir o seu corpo dos pés até a cabeça podendo deixar a mostra somente os pés, as mãos e o rosto. Algumas mulheres por opção deixam somente os olhos a mostra, algumas usam o véu que cobre todo o seu rosto tendo que levanta-los ao fazer suas refeições na presença de homens que não são da família, e algumas mulheres mais idosas usam umas "mascaras de ferro" ou de couro.  Os homens do golfo pérsico usam a "dsdasha" (vestimenta branca), também por um costume regional, mas diferente da mulher, se em algum dia ele quiser vestir roupas ocidentais, ele pode. 
As mulheres muçulmanas do Líbano usam roupas ocidentais com lenços coloridos (hejab) combinando com sua roupa. Em geral  a mulher árabe sendo ela muçulmana ou não, são muito vaidosas, sempre maquiadas, bem vestidas, com sobrancelhas bem definidas, unhas feitas, perfumadas. E os homens estão sempre atentos a todos os detalhes da mulheres, em geral são bem exigentes.

Libanesas muçulmanas,vestindo roupas ocidentais e o lenço

As mulheres que não se casam, vivem com seus pais, e podem trabalhar quando solteiras, dependendo se a família permite ou não. Também podem ir a escola e faculdade, optando por uma escola muçulmana só para mulheres ou misturada com cristãos.

As mulheres podem frequentar a mesquita,mas assim como o homem não é uma obrigação. Elas rezam em uma sala separada dos homens para evitar                                                                                      distrações durante as rezas.

Curiosidades do mundo árabe

Café Turco

• Os Árabes, aqui do Líbano tem a crença de que quando chega um bebê recém-nascido em casa é preciso rasgar um pão árabe (pão folha) e comer um pedaço. Acreditam que se isso não for feito, haverão  ratos na casa.

• As mulheres tem o costume de fazer a leitura da borra do café (kariet el finjan)como  aqui é feito o café turco (é o pó de café colocado diretamente na água fervente, sem ser filtrado) serve-se na xícara e após beber o café, resta a borra depositada no fundo que é espalhada e deve secar por alguns minutos, depois a pessoa que tem o dom de interpretar, faz a leitura através dos desenhos que ela vê no pó. Segundo o que aprendi a leitura tem base em um livro que diz o significado dos desenhos, deve ser feita pela manhã ou durante o dia, o dia ideal é sexta-feira.

• Ao se sair do banho, ou se a pessoa fez a barba, pintou o cabelo ou algo do gênero, os árabes tem o hábito de dizer Naiman" que seria um cumprimento pela higiene e a resposta é "Naiman alek"

• Sempre que se inicia a refeição diz-se "Sahten" que seria bom apetite, e a resposta é "ala albek" para mulher e "ala albak" para homem

• A mulher que engravidar sem ser casada deve abortar seu filho, sendo ela muçulmana ou não. A mãe solteira não é aceita pela sociedade árabe.

• Os árabes quando vão beber água em alguma garrafa nunca encostam a boca no bico da garrafa então quando encontram uma garrafa de água por aí podem beber tranquilamente.

• O final de semana dos muçulmanos é quinta e sexta, quinta é como se fosse o nosso sábado e a sexta é como se fosse nosso domingo. Em países do golfo pérsico como: Emirados e Bahrain, a semana é seguida dessa forma, já que esses países são considerados muçulmanos. No Líbano, onde predomina o cristianismo, a semana é igual ao Brasil.

• Os muçulmanos não comem com a mão esquerda porque é a mão que usam para se higienizar. Antes de ir a mesquita precisam estar totalmente limpos, alguns até lavam por dentro do nariz aspirando água para estar completamente limpos.

• No Líbano falta luz o tempo todo. A luz que é fornecida pelo governo é cortada por algumas horas por isso as pessoas pagam um segundo fornecedor que são empresas privadas.

• Em países como a Síria e Líbano os homens tem como hobby a caça, gostam de ir para as montanhas,para caçar pássaros e outros animais maiores.

• Não gostam de pelos, as mulheres geralmente depilam todo corpo, os braços, as costas. A maioria dos homens depilam as axilas e alguns o peitoral.

Em breve mais curiosidades...Aguardem!!!!

Um pouco sobre a família que estou convivendo no Líbano

Como já havia comentado em outras publicações, estou hospedada no Líbano na casa  da minha querida amiga Rachelle el Rassi que é cantora e trabalha, assim como eu, em turnê pelos países árabes. Trabalhamos juntas no Bahrain por três meses. Rachelle é de uma família tradicional e muito conhecida no Líbano porque quase todos os familiares são artistas. A voz dela é lindíssima e aprecio muito seu trabalho.Tive a oportunidade de ver e perceber o encantamento das pessoas ao assistirem seus shows.

                                             Assitam o vídeo dela em show na TV:
                             

Um dos irmãos de minha amiga,  George el Rassi  também é cantor da música árabe, famoso, talentoso, lindo e uma simpatia de pessoa. Aqui no Líbano e nos países árabes todos conhecem  o seu trabalho.

Tive o privilégio de assistir na companhia da família e do cantor, em primeira mão, o seu novo trabalho, assistimos ao vídeo clip original que ainda não esta na internet e está sendo lançado por aqui. Fomos os primeiros a ver!!!  E repasso para vocês de primeira mão também,confiram:

      

Eu e o cantor George el Rassi

A irmã mais velha,é uma famosa atriz de TV, Nadine el Rassi. Ela esta atuando na novela das nove aqui no Líbano, a qual assistimos todas as noites, inclusive tive a oportunidade de assistir junto com a própria atriz, uma experiência sem dúvida bem diferente. Ela também participou de um programa juntamente com outras celebridades, dessa vez não como atriz, como cantora. O programa tem como objetivo descobrir talentos da música entre as celebridades Nadine venceu e encerrou o programa cantando juntamente com seu irmão George el Rassi. 

        Assistam ao vídeo dos irmãos cantando na final do programa: 

       

Eu e a atriz Nadine el Rassi